Já sabíamos que os portugueses estão por tudo o mundo. Portugal, país que ao longo dos seus séculos conheceu grandes fluxos migratórios, muitos foram os portugueses que deixaram a sua terra, a sua família, em busca de uma qualidade de vida que, por vezes, o nosso país, não lhes podia proporcionar. Por outro lado, o reverso também aconteceu, com outros povos, outros idiomas, culturas, mentalidades e credos, que despertaram o nosso país para a multiculturalidade e para a abertura de horizontes à diferença.
Hoje em dia, julgo, pelos dados que tenho analisado, que a emigração portuguesa não tem que ver, necessariamente, com a melhoria da qualidade de vida ou a fuga à miséria mas, grandemente, à sensação de pertença à Europa, como cidadãos europeus e, mais largamente, como cidadãos do mundo. As mentalidades são outras e a busca pelo conhecimento e pelo desconhecido, fazem com que muitos jovens licenciados, mestres e doutorados portugueses busquem novas realidades, como forma de não ficarem estanques no seu saber-viver de experiências feito.
Pela minha tenra experiência nestas andanças a verdade é que viver fora do nosso país, para além de alargar os nossos horizontes da tolerância, que pensávamos ter já adquirido na "terra mãe", a verdade é que, é no exterior que essa competência de desenvolve, se aperfeiçoa e ganha novas asas. Mas, não podemos falar, somente de tolerância, o enriquecimento é multidimensional e transdisciplinar.
Bem, mas nada melhor do que conhecer o depoimento destes jovens portugueses a viver e a trabalhar em Barcelona, e tal como eu, no país vizinho. Espero que também ajude a abrir o vosso campo de experiências.
E, se mais algum português residente em Espanha, se anima a participar no breve estudo sobre a integração dos portugueses em Espanha, ainda podem fazê-lo, enviando um correio para o meu endereço electrónico: pg11284@alunos.uminho.pt.
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