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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Presépio Vivo em Priscos - Braga


Este ano de 2011 até ao início do ano de 2012, a freguesia de Priscos, situada no concelho e distrito de Braga, levou a cabo mais uma edição do seu Presépio Vivo. Este ano tive a possibilidade de o visitar, tendo vivido uma experiência única de simbolismo, magia e recreação dos tempos idos e da magnificência da experiência d nascimento daquele eterno menino em Belém.

O evento decorre junto à Igreja Paroquial de Priscos, envolvendo a residência paroquial, constituindo uma abrangência com cerca de 30.000m2 que recria cerca de 70 cenários distintos, com referência às culturas judaicas e romanas. De salientar que manifestamente esta tradição desta paróquia de Priscos evidencia o verdadeiro sentido de comunidade, das suas gentes.

Os vários trabalhos artesanais demonstram a evolução dos tempos, das tradições, dos modos de vida… A pureza, a ruralidade, a união e a sabedoria dos mais velhos… Os forçosos e dolorosos trabalhos físicos com o apoio dos animais… Tudo isto se retrata neste Presépio Vivo que merece a nossa visita!


Endereços electrónicos relevantes:






segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O maior Madeiro de Portugal


O Movimento Sim – organização em prol da criatividade em Portugal, e implicada em apoiar, divulgar e premiar as indústrias criativas, divulgou que «O Maior Madeiro do País», de Penamacor, foi eleita a tradição de Natal mais criativa de Portugal, após terminada a  votação através da Internet. De reiterar que, em anos anteriores, a comunicação social, já havia considerado esta tradição de Penamocor, como uma das maiores tradições natalícias do país.

Em Penamacor, a chegada do Madeiro tem data marcada, a 8 de Dezembro, embora os seus festejos se iniciem na noite, na madrugado de 7 de Dezembro, anterior onde se organiza todo um ambiente preparatório: é colocada junto ao adro da igreja comida e bebida suficiente para toda a noite de lavor, período no qual se arrancam as árvores e se carregam os tractores.

O dia 8 de Dezembro marca a chegada dos tractores e dos camiões ao largo da igreja, à saída da missa, pelas 13h30. A população acorre generosamente à rua, apesar de se tratar de um pequeno concelho, não invalida a sua garra e determinação na preservação das suas tradições,  para saudar o cortejo de tractores e reboques, procurando, no seu número, bater o número de espectadores do ano antecedente. Concretiza uma tradição marcadamente crescente. Os jovens atiram os frutos do ramo de laranjeira que a praxe manda trazer, cantando canções e acompanhados com o toque da concertina.

Somente no dia 23 de Dezembro se deita o fogo ao Madeiro onde ocorre muita gente para ver acender o MAIOR MADEIRO DO PAÍS. No dia 24 à hora da missa do galo já existe uma enorme fogueira cheia de brasas para aquecer todos os paroquianos que vão à missa. Pela noite dentro, aproveitando o calor da fogueira, as gentes petiscam várias iguarias. Este madeiro manter-se-á aceso até ao dia de Reis nem que para isso se vá arranjar mais lenha.


Recolha da lenha:


Acender o madeiro:


Resumo da tradição que deu lugar a uma curta-metragem:


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Os caretos no Natal transmontano

A região de Trás-os-Montes festeja o Natal de uma forma muito peculiar.
É tradicional a Festa dos Rapazes com origem em ritos ancestrais, realizada no nordeste transmontano. Assim, os rapazes solteiros da aldeia, durante dois dias, comanda a vida daquela terra. A origem desta tradição ancestral passa pela celebração do solstício de Inverno, em que os dias se tornavam maiores, celebrava-se um novo ano agrícola e para os rapazes significava, também, a passagem à idade adulta. A festa começa logo pela manhã com o gaiteiro que acorda toda a aldeia com o seu toque. Os mordomos, os homens responsáveis pela organização da festividade, percorrem as ruas da aldeia, visitando todos os vizinhos.
Depois aparecem os “caretos”, figuras bizarras que vestem roupas estranhas, com chocalhos e muitas fitas penduradas, e exibindo máscaras diabólicas. Dançam, pulam, rodam e causam grande algazarra na aldeia.
 Como se escondem por detrás de uma máscara, tudo lhes é permitido! Assustam mulheres e crianças, e atormentam todos os presentes. Só são carinhosos com os mais velhos.
Sem qualquer aviso invadem as casas e roubam chouriços, murcelas, carnes do fumeiro, figos secos e pão, para juntar à festa. Reunidas todas as iguarias, celebram colocando tudo numa grande mesa, no adro da Igreja. 


Ligações relevantes:

http://www.youtube.com/watch?v=_VamFdo9XGA


http://videos.sapo.pt/zN5UZmtvVNRHSh3nZiwu


http://www.pt-comunidades.com/index.php?option=com_content&view=article&id=421:qcaretosq-do-nordeste-transmontano&catid=37:reportagens&Itemid=273

Os grandes clássicos de natal portugueses


Natal, época mágica! Recheada de tradições em todos os povos e culturas.
Em Portugal, a festividade de Natal contagia todos. A azafama nas ruas e nos centros comerciais, em busca do presente ideal, para aqueles que mais amamos, produz em nós o efeito da benevolência, da ajuda ao próximo, multiplicando-se, nesta quadra, as demonstrações de solidariedade, carinho e de ajuda para com o próximo. Mas, esta magia deveria estar presente em todos nós nos restantes 364 dias do ano.

Mas, o que está em causa hoje é a mostra da cultura portuguesa. Assim, cá vos delicio com alguns clássicos de natal. São canções que avivam os bons momentos da minha infância. Depois outros clássicos mais contemporâneos e, finalmente, duas sátiras bem portuguesas que, também, nos ajudam a pensar no estado actual das coisas.

Sem mais avançar, convido-vos a escutar!

a) Os grandes clássicos de natal portugueses:

http://www.youtube.com/watch?v=NF7IOlIjgBY






b) Clássicos de música pop natalícios:

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ruta do Deza







A Ruta do Deza, trata-se de uma “ruta de seideirismo” sobre o ria Deza que atravessa o interior da Província de Pontevedra, uma das quatro províncias da região espanhola – Galiza. Esta ruta que realizamos, com uma duração média de três horas, permitiu aceder ao Mosteiro de San Lourenzo de Carboeiro, mosteiro medieval, e à cascata do Río Toxa, uma queda de água com cerca de 60 metros de altura, a mais alta da Galiza. Este percurso integrou os Municípios de Silleda e Vila de Cruces.

Num contexto privilegiado, na bacia do rio Deza, esgue-se o Mosteiro de San Lourenzo de Carboeiro, neste local mágico que foi declarado Lugar de Importância Comunitária dentro da Rede natura 2000.

O Mosteiro de San Lourenzo de Carboeiro, mosteiro beneditino, foi fundado no início do século X, sobre os restos de uma antiga ermida. Assim, o desnível existente, na parte oeste, obrigou à construção de uma cripta. Após descer as estreitas escadas, que parecem levar-nos às entranhas escondidas, no mais recôndito dos espaços atingíveis na terra, eis que visualizamos um cenário é épico.

Testemunha das invasões normandas e árabes, o mosteiro gozou de épocas de grande esplendor, em especial dos séculos XI a XIII, considerada um dos melhores expoentes do românico na Galiza. Existe uma lenda que justifica a construção de tamanho monumento com as forças e as capacidades físicas da época, como associada ao diabo que, não tendo recebido a promessa dos monges o terá transformado em ruínas séculos depois, as ruínas que conhecemos hoje. Os monges eram fracos fisicamente e o dinheiro não abundava para que tal pedra fosse assim talhada.

Depois de ter passado para mãos de privados os quais promoveram algumas reformas no seu interior e exterior, tendo desvirtuado, em parte, a sua concepção, com a construção de cortes para o gado, sofreu, a partir do século XVIII um lento processo de abandono. Contam os responsáveis actuais do mosteiro, que era frequente as gentes da terra se dirigirem "à pedreira de carboeiro", que era nada mais nada menos que colher alguma pedra ornamentada que estivesse no mosteiro. Daí a difícil reconstituição do mosteiro, quando há anos atrás foi requalificado. As imagens, colunas e demais ornamentos tinham sido levados pelos populares para suas casas e terão desaparecido para sempre.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Festas Nicolinas em Guimarães - As maçãzinhas





As “Maçãzinhas”, são o número mais importante e significativo das Festas Nicolinas e, como tal, são realizadas no dia de S. Nicolau – 6 de Dezembro.Este ritual pressupõe longa preparação por parte dos rapazes e das raparigas que nele participam: dos carros, das roupas e das lanças, no caso dos rapazes; as raparigas ocupam-se com a preparação das fitas e o asseio das varandas onde estarão esperando as lanças dos rapazes, pela tarde. Os rapazes têm que levar a lança que colocam no cimo da cana, utilizada para chegar às varandas das casas, as quais vão anexando fitas com cores e significados distintos, que pedem às raparigas. Nessas fitas são talhados dizeres, símbolos e mensagens que deixam “pistas” aos rapazes sobre qual a rapariga que estará receptiva a esse rapaz. Este ritual da lança e das maçãs é antecedido por um cortejo alegórico, que desfila pelas ruas da cidade, com destino final a Praça de Santiago, local que tem o mesmo nome da cidade espanhola (Santiago de Compostela), fulcral na introdução do culto a S.Nicolau, em Guimarães. É de certa forma, como foi referenciado, anteriormente, uma forma não intencional, de se prestar homenagem aos Romeiros que passaram pela nossa cidade e introduziram, nas nossas gentes, o culto a S.Nicolau.

Chegados ao ritual das maçãzinhas, os rapazes estão disfarçados e acompanhados por um Escudeiro que coloca a maçãzinha na lança que está na extremidade da enorme cana que irá depois ser vigorosamente levantada por eles, entregando as maçãs. As raparigas, que nunca escondem a felicidade por terem sido escolhidas para receber uma maçã, devolvem o gesto com a colocação de uma “prendinha” na ponta da lança, guardando para alguns felizardos, algumas prendas com significado especial. Estas prendas podem ter um valor simbólico e, normalmente, integram guloseimas variadas. No final, quando acabam as maçãs, a lança é retirada da ponta da cana e é oferecida àquela a quem o rapaz se pretende declarar ou, quando nenhuma delas exista, a lança é oferecida à mãe. Assim, as “Maçãzinhas”, mais que uma mera representação teatral, inside em costumes e práticas de galanteio já de “tempos idos”, em que os nossos avós e bisavós mantinham um certo distanciamento da pessoa enamorada até ao casamento. Era vulgar escutá-los dizendo “namorávamos à janela”. Em pleno século XXI esta magia mantém-se em Guimarães, tornando perene este romantismo.


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Festas Nicolinas em Guimarães - O Pregão

O Pregão de São Nicolau está inserido nas festas Nicolinas em Guimarães, e vai a público no dia 5 de Dezembro, de cada ano, em Guimarães. Trata-se de uma récita efectuada por um jovem estudante, o Pregoeiro, em verso satírico e de crítica social, ao jeito dos antigos pregões pelos quais eram trazidas as notícias às vilas e cidades até à descoberta da imprensa. Através do Pregão e pela voz do Pregoeiro, os estudantes de Guimarães desenvolvem uma crítica social, que é dada a conhecer à população em geral, integrando a sua opinião e percepção, acerca dos eventos que tiveram lugar no último ano. Daí se distingue pela sua singularidade em demais festas académicas em Portugal.

De origem no século XVIII, o Pregão era utilizado para anunciar as Festas Nicolinas, uma vez que, na época, os festejos se realizavam, somente, em dois dias (5 e 6 de Dezembro). Como foi relatado, anteriormente, na actualidade as festividades são iniciadas com a noite do Pinheiro.
De destacar que o Pregoeiro é um membro da Comissão de Festas Nicolinas, escolhido entre os seus 10 elementos como sendo aquele que possua uma voz mais pujante, com maior capacidade de ser ouvida pelos estudantes que acompanham a récita em cortejo e pela população vimaranense em geral.




Outras informações de interesse:

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Festas Nicolinas em Guimarães - Parte 2

Bom dia!

Partilho com vocês a reportagem realizada pela Guimarães TV na Festa do Pinheiro, neste ano de 2011, para reforçar a festividade vimaranense que marca esta quadra.


Apreciem a alegria contagiante dos nicolinos e dos vimaranenses em geral, do novo ao mais idoso, do mais rico ao mais humilde. Esta festa é para todos!!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

2ª turma - Curso de Português Língua Estrangeira

Bom dia,

Para todos os interessados, amanhã, dia 24 de Novembro, pelas 19 horas, no Centro EPA, terá lugar a apresentação do segundo turno de aulas de português língua estrangeira.

Esta sessão tem como ordem de trabalhos:

- Realização de um exame de ingresso;
- Delimitação do horário mais favorável para os alunos e para a formadora;
- Delimitação do programa curricular de acordo com os interesses e expectativas dos alunos.


Até breve.

sábado, 19 de novembro de 2011

Homenagem a Amália Rodrigues

Na passada quinta-feira, na sessão de cinema, visualizamos o filme que ilustrava a vida e obra da fadista portuguesa, Amália Rodrigues.

Neste pequeno trecho, para complementar as canções escutadas, fica uma das versões de Amália Rodrigues, com a canção "Havemos de ir a Viana". E, numa versão, não menos especial, fica uma outra versão, protagonizada por uma Tuna Académica - Hinoportuna, ilustrando a alegria e espírito académico português!






terça-feira, 15 de novembro de 2011

Curso de Português

Olá a tod@s!

Tenho estado a receber mais inscrições para as aulas de português no Centro EPAPU. Assim, em Janeiro, irá iniciar uma outra turma para aprendizagem da Língua Portuguesa.

Assim, todos aqueles que tenham familiares e amigos que não puderam ingressar na primeira turma, ou que por diversos motivos têm faltado, façam a devida inscrição na secretaria do Centro EPAPU para que possam ingressar neste novo grupo.

Obrigada e até breve

domingo, 13 de novembro de 2011

A tradição dos magustos em Ourense

Para quem é de Ourense a história já está toda estudada! Para nós, portugueses, em especial do Norte de Portugal, a diferença não será muita. Mas, bem, digo certamente que já não festejava o S. Martinho, com fogueira e tudo, desde a escola primária!!!

Assim, para matar saudades, este ano tive três magustos!! Impecável, diriam alguns ;) Houve uma subida ao monte, o montar de uma "tenda", por causa da chuva que se faz
ia sentir, apanhar lenha, mas, também, castanhas, chouriços, empanadas (tarte salgada típica), bica (doce típico do S. Martinho) e o licor café. Um corajoso habitante da Galiza, terá mesmo afirmado que com o licor café os galegos conquistariam o mundo! Assim, para quê as armas de destruição massiva se na Galiza há licor café! Coragem, diria eu.

Aqui ficam alguns dos momentos que marcarão, para sempre, esta minha passagem.


a) Subida ao Montealegre - Ourense












b) Magusto na zona envolvente a S. Pedro de Rocas - Ourense







E vocês? Como correu o vosso S. Martinho?






segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Valença do Minho








Para muitos será já uma terra conhecida e apreciada, para outros, quiçá, desconhecia. Assim, para ambos os leitores, aqui ficam algumas imagens da maravilhosa terra portuguesa Valença do Minho.

Terra de lendas, de fábulas e de imaginários, Valença do Minho, as suas gentes retratam lendas como: "A porta do Sol", "As bruxas do caminho de Melim", "O morto vivo", "O portão de Crasto", "A mudança de marcos", "A Senhora do Faro", "A Rainha Aragunta", "A mulher marinha", "A Lenda de S. Lourenço", "O Monge e o Passarinho", "O Penedo de Fontanela", entre muitas outras.
Escolhi, para retratar nesta postagem a lenda de "S. Rosendo e os Partos Difíceis". Boas leituras!

S. Rosendo e os Partos Difíceis

"Conta-se que, no tempo em que os frades habitavam o Convento de Sanfins de Friestas, houve um frade de nome Rosendo1 com fama de santidade, e que valia a todos os aflitos. Esse frade, um dia, morreu. A partir daí, os que antes da sua morte iam pedir-lhe as suas graças, agora só podiam rezar a ele junto do cemitério do convento, que está um pouco acima da igreja, no meio do monte. Faziam isto até que descobriram que no convento estava guardada a correia que apertava as pobres vestes do frade. O povo quis ver a correia para lhe tocar, e suplicar pela intercessão do frade S. Rosendo.
Desde esses tempos, nas freguesias vizinhas, quando uma mulher estava em trabalhos de parto e estes se revelavam morosos ou difíceis, mandavam alguém ao convento pedir a correia de S. Rosendo."

(in http://lendas.valedominho.pt/)

Sitiografia relevante:



quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Fadista Maria do Ceo

Bom dia!

Na aula de ontem, ao falarmos de fadistas portuguesas como Mariza ou Ana Moura, foi-me dado a conhecer uma outra fadista, que eu desconhecia, e que dá grande ar de sua graças por terras galegas.

Natural do Porto, norte de Portugal, Maria do Ceo chegou à cidade de Ourense, com a sua família, há cerca de 30 anos. Através do fado e, dando luz à sua bela voz, conseguiu unir as culturas galegas e portuguesas. Com o seu fado procura promover a cultura e a língua galegas, especialmente na América Latina.

É apreciada pelas gentes galegas que a vêem como um forte potencial para ser a próxima Amália Rodrigues, pela expressividade, doçura e emoção que imprime nas suas melodias.

Em 1997 gravou o seu primeiro álbum, intitulado Cartas de Amor, sendo que nunca mais parou e o seu sucesso tem sido crescente em cada álbum que edita.

Vale a pena conhecer! Vejam os itens que se seguem:

Até breve!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Arcos de Valdovez - Norte de Portugal



Olá a tod@s!

Numa das minhas tentativas de mostrar o que de bom e bonito reserva o nosso Portugal resolvi publicar algumas informações e motivos variados para uma visita a Arcos de Valdovez!

Arcos de Valdevez fica situado no Noroeste peninsular Português, integrando a província do Alto Minho, e tendo como capital de distrito Viana do Castelo. Localiza-se, sensivelmente, a 36 km de Braga, a 40 km de Viana do Castelo e a 90 km do Porto e merece, sem dúvida, uma visita!

Em termos de património cultural e natural são várias as possibilidades e as fotografias e as ligações, que, seguidamente, deixo, podem ilustrar esse facto. Contudo, o património cultural imaterial é evidente e, muitas são as lendas que se podem escutar pela voz dos seus habitantes.

Para ilustrar este facto encontrei uma lenda que diz muito aos territórios do norte de Portugal e do norte de Espanha, mais concretamente, da Galiza, - A Lenda do Mosteiro de Ermelo.

Boas leituras :)

Era uma vez um rei chamado Ordonho II, que governava as Astúrias e todos os territórios para o Sul, conquistados aos guerreiros do Islão.

Neles, figurava o Vale do Vez, com as suas altas montanhas e a beleza do seu rio. Tinha uma filha: D. Urraca, princesa piedosa, protectora de igrejas e conventos, devotamente dedicada à divulgação da fé cristã, em que despendia grande parte das suas riquezas.

Um dia, decidiu fundar um Mosteiro para frades, em lugar sossegado e fecundo, rodeado de vegetação e boas águas, onde vicejasse uma horta e frutificasse um pomar; onde houvesse ermos floridos para meditação, vinhedos e trigais que fornecessem o pão e o vinho para o mistério eucarístico e a sobrevivência da comunidade.

Com o consentimento real, acompanhada das suas aias e alguns soldados protectores, meteu pés a caminho, por montes e vales do seu reino.

Chegada à Serra da Peneda, que lhe prometia larga vista sobre uma paisagem pacífica e alegre, o silêncio e a oração, começou a subi-la, com entusiasmo, parando, ora aqui, ora ali, para ganhar forças e melhor contemplar quanto a rodeava. Uma dessas paragens chama-se, ainda, Bouça das Donas, lembrando o arvoredo onde D. Urraca e as suas aias repousaram, abrigadas do Sol ardente.

Junto à vila do Soajo, onde se aconchegavam algumas casas de pedra e colmo, achou lugar apropriado para edificação do Mosteiro e logo contratou pedreiros para lhe abrir os alicerces.

Contente com o lugar que obedecia às condições desejadas, D. Urraca correu à Corte de seu pai, a participar a D. Ordonho a feliz decisão. Perguntou-lhe a curiosidade do rei:

- E o que se avista dessas alturas?

Respondeu-lhe a princesa:

- Longes e longes. Vêem-se, para o Sul, as torres da Sé de Braga e o imenso casario da antiga cidade. Para o Norte, as Catedrais de Tuy e de Ourense, junto ao rio Minho. Para o Oeste, praias onde vão quebrar-se as ondas bravias do mar. Para Leste, campos e montes sem conta, onde pastam rebanhos e cavalgam guerreiros dos vossos exércitos.

D. Ordonho manteve-se por uns momentos calado, com uma ruga na testa, como quem segue a seriedade de um pensamento. Depois, disse a D. Urraca:

- Minha filha, gostaria bem de satisfazer a tua vontade de servir a Deus, com a construção desse Mosteiro. Mas não posso, para isso, despender, em tal projecto, metade do meu reino. É demasiadamente grande esse horizonte. Terás que descobrir outro sítio menos amplo para morada dos teus frades.

Triste com esta decisão real, a princesa, todavia, não desistiu do seu intento e resolveu, então, mandar edificar o seu Mosteiro, não no desafogo dos cimos do monte, mas na profundeza do vale, quase oculto pela densidade das brenhas, sempre coberto de sombras, escutando um rio discreto, mirando a solidão do ermo.

E deu-lhe o nome de Mosteiro do Ermelo.


FONTE: VIANA, António Manuel Couto, Lendas do Vale do Lima, Ponte de Lima, Valima, Associação de Municípios do Vale do Lima, 2002 , p.77-79


Mais informações referentes a Arcos do Valdovez em:

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Allariz - Ourense




No passado sábado aproveitar para conhecer o concelho de Allariz e fiquei maravilhada! Para quem não conhece ou deseja regressar, aqui fica algum incentivo, pelas fantásticas paisagens, pelos seus seis museus e pelas lojas!



Até breve :)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Estreia do Clube de Cinema Português

Boa tarde!

Para todos aqueles que assistiram à estreia do nosso Clube de Cinema Português, com o filme "Amo-te Teresa", aqui deixo a letra da música "Asas eléctricas" dos GNR, para que possam praticar melhor as palavras e, em especial, os verbos regulares:


Asas servem p'ra voar
Para sonhar ou p'ra planar
Visitar, espreitar, espiar
Mil casas do ar

As asas não se vão cortar
Asas são p'ra combater
Num lugar infinito
Num vacuo para ir espiar o ar

Asas são p'ra proteger
Te pintar, não te esquecer
Visitar-te, olhar, espreitar-te
Bem alto do ar

E só quando quiseres pousar
A paixão que te roer
É o amor que vês nascer
Sem prazo, idade de acabar
Não há leis para te prender
Aconteça o que acontecer

Mas só quando quiseres pousar
A paixão que te roer
É o novo amor que vês nascer
Sem prazo, idade de acabar
Mas só quando quiseres pousar
A paixão que te roer
É o amor que vês nascer
Sem prazo, idade de acabar
Não há leis para te prender
Aconteça o que acontecer
Não vejo mais p'ra te prender
Aconteça o que acontecer
Não há leis para te prender
Aconteça o que acontecer


Até terça-feira :)