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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ruta do Deza







A Ruta do Deza, trata-se de uma “ruta de seideirismo” sobre o ria Deza que atravessa o interior da Província de Pontevedra, uma das quatro províncias da região espanhola – Galiza. Esta ruta que realizamos, com uma duração média de três horas, permitiu aceder ao Mosteiro de San Lourenzo de Carboeiro, mosteiro medieval, e à cascata do Río Toxa, uma queda de água com cerca de 60 metros de altura, a mais alta da Galiza. Este percurso integrou os Municípios de Silleda e Vila de Cruces.

Num contexto privilegiado, na bacia do rio Deza, esgue-se o Mosteiro de San Lourenzo de Carboeiro, neste local mágico que foi declarado Lugar de Importância Comunitária dentro da Rede natura 2000.

O Mosteiro de San Lourenzo de Carboeiro, mosteiro beneditino, foi fundado no início do século X, sobre os restos de uma antiga ermida. Assim, o desnível existente, na parte oeste, obrigou à construção de uma cripta. Após descer as estreitas escadas, que parecem levar-nos às entranhas escondidas, no mais recôndito dos espaços atingíveis na terra, eis que visualizamos um cenário é épico.

Testemunha das invasões normandas e árabes, o mosteiro gozou de épocas de grande esplendor, em especial dos séculos XI a XIII, considerada um dos melhores expoentes do românico na Galiza. Existe uma lenda que justifica a construção de tamanho monumento com as forças e as capacidades físicas da época, como associada ao diabo que, não tendo recebido a promessa dos monges o terá transformado em ruínas séculos depois, as ruínas que conhecemos hoje. Os monges eram fracos fisicamente e o dinheiro não abundava para que tal pedra fosse assim talhada.

Depois de ter passado para mãos de privados os quais promoveram algumas reformas no seu interior e exterior, tendo desvirtuado, em parte, a sua concepção, com a construção de cortes para o gado, sofreu, a partir do século XVIII um lento processo de abandono. Contam os responsáveis actuais do mosteiro, que era frequente as gentes da terra se dirigirem "à pedreira de carboeiro", que era nada mais nada menos que colher alguma pedra ornamentada que estivesse no mosteiro. Daí a difícil reconstituição do mosteiro, quando há anos atrás foi requalificado. As imagens, colunas e demais ornamentos tinham sido levados pelos populares para suas casas e terão desaparecido para sempre.

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