Os Maios, festa de origens ancestrais, também conhecida como a Festa dos Maios, está presente por toda a Península Ibérica.
A festividade celebrava-se no primeiro domingo
do mês de Maio, embora em algumas localidades possa ser celebrada no dia 1 de
Maio.
A sua origem remonta às civilizações gregas e
fenícias que, com rituais de adoração aos seus deuses, a quem admitiam a
mudança das estações, veneravam.
Esta tradição também foi assimilada pelos
romanos que celebravam a deusa da fertilidade. Contudo, o cristianismo foi
assimilando estas tradições pagãs convertendo-as em festividades religiosas,
normalmente, à devoção da Virgem Maria.
Para além da celebração da fertilidade, os
maios traduzem o renascimento, a vida e aos rituais de enamoramento, entre
rapazes e raparigas que, em festas populares, conheciam os seus pares.
Realizavam danças em grupo e passavam uns momentos agradáveis longe da rotina e
do trabalho árduo do campo.
Nas regiões espanholas, em que tal festividade
se leva a cabo, existem algumas especificidades que a tornam tão
genuína e única. Mas, centrando-nos na festividade dos Maios na região da
Galiza é, sem dúvida, nas cidades de Ourense, Pontevedra, Poyo, El Morrazo e Villagarcía de Arosa onde adquirem maior visibilidade.
Em Ourense, actualmente, organizam-se
competições, na Alameda do Concelho, onde se premiam os melhores maios, que se
concretizam com recurso a flores, ervas, musgo, frutas e ovos, como materiais
mais usuais, surgindo autênticas esculturas vegetais!
Todos assentam numa base de madeira, rodeada
com um saco de zarpilheira coberto com musgo. Muitos vezes, os escultores
aproveitam para, com as suas peças, comentarem, de forma satírica, os
acontecimentos mais importantes ocorridos durante o ano.
Este ano foram vários os exemplares realizados: